No vigésimo primeiro podcast do “Projeto Noleedi – Efeito do fogo na biota do Pantanal sul-mato-grossense e sua interação com os diferentes regimes de inundação” confira: o Projeto Noleedi, que desde 2019 investiga os efeitos do fogo e inundação na biodiversidade, com objetivo de estabelecer um protocolo da melhor época de queima controlada para atender a uma demanda dos povos indígenas Kadiwéu no Pantanal e Cerrado em parceria como Prevfogo/IBAMA, estabeleceu novas parcerias que vão enriquecer as pesquisas.
Uma delas é com a Universidade de Angers, da França, a outra é com o Laboratório de Ecologia da Intervenção (LEI), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), e, no primeiro semestre de 2022, o projeto teve uma reaproximação com a ONG Mulheres em Ação no Pantanal (Mupan)/Wetlands International.
Confira as entrevistas com o coordenador do Projeto Noleedi, o professor da UFMS Danilo Bandini Ribeiro, com a professora da UFMS, coordenadora do LEI e do Projeto Estado de Conservação, Restauração Ecológica e Cadeia Produtiva de Espécies Vegetais Nativas de Interesse Indígena no Pantanal, Letícia Couto Garcia, e com a coordenadora do componente Modos de Vida da Wetlands International e também membro da Mupan, Lilian Ribeiro Pereira.
O Projeto Noleedi é uma iniciativa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto está pesquisando os efeitos do fogo na biota do Cerrado e Pantanal e suas interações com o regime de inundação na Terra Indígena Kadiwéu, que possui cerca de 540 mil hectares localizados no norte do município de Porto Murtinho, sudoeste de Mato Grosso do Sul.
O podcast é uma realização da UFMS e do Prevfogo-Ibama. Conta com apoio do CNPq. Tem coordenação do professor doutor Danilo Bandini Ribeiro e locução de Fernanda Prado. Para a vinheta de abertura e encerramento o projeto contou com a colaboração especial do indígena Kadiwéu Rubens Aquino Ferraz, tocador de flauta da Aldeia Alves de Barros, que nos presenteia com as músicas Najiga, na abertura, e Agowalegige, no encerramento. Na trilha sonora de background foi utilizada a música Doctor Talos Answers The Door, por Doctor Turtle, do site http://freemusicarchive.org
Também na vinheta de abertura o canto a ave mineirinho (Charitospiza eucosma, que significa tentilhão belamente adornado) reforça a identificação sonora dos podcasts. O mineirinho, considerada ave sentinela do fogo, tem cerca de 11,5 cm de comprimento. O macho apresenta uma crista preta contrastando com os lados da cabeça brancos, as partes superiores cinzas, asas e cauda pretas, e a garganta e o centro do peito pretos, em contraste com a barriga canela e a fêmea é amarronzada e sem o preto na garganta e no peito. Varia de incomum a localmente comum em campos cerrados com árvores e arbustos esparsos. Vivem aos pares ou em grupos que podem passar de 50 indivíduos, alimentando-se no chão, perto da cobertura de gramíneas, onde se locomove pulando. Na Caatinga só raras vezes procura as fontes de água. Também empoleira-se nos arbustos baixos. Aparentemente é mais numeroso em locais onde o Cerrado tenha sido recentemente queimado. Canta de madrugada, pousando abertamente na ponta de um galho.
Livre reprodução
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