![]() |
Participantes da Wildfire em mirante que dá vista à Terra Indígena Kadiwéu, Porto Murtinho-MS. Foto: Fernanda Prado |
A visita aconteceu no dia 3 de outubro, na aldeia Alves de Barros, onde fica a sede de uma das brigadas da Terra Indígena. Lá, ocorreram apresentações culturais como danças, mostra de artesanato e pintura corporal típicos da etnia Kadiwéu, além de almoço tradicional. Os cavaleiros que recepcionaram os 24 visitantes estavam caracterizados com pinturas corporais em si e nos cavalos, representando os antepassados dos Kadiwéus, os guerreiros Guaicurus.
![]() |
Cavaleiros Guaicuru, artesanato e pintura corporal típicos kadiwéu. Fotos: Fernanda Prado |
Chefe de Brigada, Mesaque Rocha e o analista ambiental do Prevfogo Ibama, Alexandre Pereira. Foto: Fernanda Prado |
Brigadistas da Terra Indígena Kadiwéu e visitantes posam em frente à base da brigada contruída pela própria equipe local. Foto: Fernanda Prado |
O Projeto Noleedi foi submetido pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e aprovado na “Chamada CNPq/Prevfogo-Ibama Nº 33/2018 – Pesquisas em ecologia, monitoramento e manejo integrado do fogo”, lançada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Prevfogo-Ibama. Com o edital, o CNPq visa propiciar a atuação conjunta com o Prevfogo-Ibama na consecução de projetos de pesquisa científica, tecnológica e/ou de inovação aplicados que visem preencher as lacunas de conhecimento sobre manejo integrado do fogo, com destaque para ecologia e impactos do fogo, monitoramento, prevenção e combate de incêndios florestais, nos biomas Amazônia, Pantanal e Cerrado, preferencialmente nas áreas em que o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) atua.
![]() |
Coordenadora técnica da Coord. de Gestão de Pesquisa em Ecossistemas do CNPq, Fabíola Siqueira. Foto: Fernanda Prado |
![]() |
Reunião que antecedeu a Wildfire avaliou todos os projetos que compõem a "Chamada CNPq/Prevfogo-Ibama Nº 33/2018 – Pesquisas em ecologia, monitoramento e manejo integrado do fogo” |
A coordenadora técnica também comentou sobre como o CNPq vem acompanhando o desenvolvimento e a repercussão do Projeto Noleedi. “O Projeto Noleedi é um dos 25 aprovados, o único no bioma Pantanal, e um daqueles que mais vestiu as diretrizes desse edital, uma vez que ele foi construído em conjunto com técnicos da Funai, do Ibama e com a própria comunidade indígena Kadiwéu. Então ele atendeu muito do que a gente colocou como incentivo nessa chamada e os projetos tinham que atender duas grandes premissas: uma de pensar na estratégia de divulgação científica e outra de que os produtos gerados pelas pesquisas fossem passíveis de serem incorporados à gestão de incêndios florestais pelos órgãos que atuam nessa temática. A gente teve uma reunião de avaliação na semana que antecedeu o início da Wildfire, onde todos os projetos estavam presentes, incluindo o Noleedi, e ele participou com a gente da SPBC em julho e também estava com estande aqui na Wildfire divulgando as suas ações. A gente vê que a estratégia de comunicação do projeto está funcionando muito bem, tem várias comunicações na mídia e como tivemos uma temporada de incêndios muito crítica foi bastante demandado e tem atendido muitas solicitações da imprensa, e isso tem contribuído junto com outros projetos que também estão avançados nessa questão da divulgação para divulgar não apenas o que eles estão fazendo mas também a chamada como um todo.”
O Projeto Noleedi
O Projeto Noleedi tem duração de 36 meses e teve seu início em janeiro de 2019. É uma iniciativa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e do Prevfogo-Ibama. Com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto está pesquisando os efeitos do fogo na biota do Cerrado e Pantanal e suas interações com o regime de inundação na Terra Indígena Kadiwéu, que possui cerca de 540 mil hectares localizados no norte do município de Porto Murtinho, sudoeste de Mato Grosso do Sul. Noleedi, no idioma Kadiwéu significa fogo.
A pesquisa conta com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e parceria de diversas instituições: Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul), Fertel (Fundação Estadual Jornalista Luiz Chagas de Rádio e TV Educativa de Mato Grosso do Sul), Funai (Fundação Nacional do Índio), Programa Corredor Azul/Wetlands International/Mupan (Mulheres em Ação no Pantanal), Terra Indígena Kadiwéu e Rede Aguapé de Educação Ambiental do Pantanal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário