Vídeo Projeto Noleedi: Captura de aranhas como bioindicadores em áreas de estudo do fogo

em 28 de julho de 2021


 https://www.youtube.com/watch?v=RTIplJ4lUzw&t=143s

Na segunda visita de 2021 à Terra Indígena Kadiwéu, ocorrida no mês de maio, os doutorandos Vivian Ayumi Fujizawa Nacagava e Bruno Arguelho Arrua, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação (PPGEC) da UFMS, mostram como é feita a captura de aranhas e outros artrópedes. No Projeto Noleedi – Efeito do fogo na biota do Pantanal sul-mato-grossense e sua interação com os diferentes regimes de inundação, esses animais são bioindicadores para medir qualidades ambientais em áreas que recebem o tratamento com fogo e também sofrem variações de umidade.

"Artrópodes são animais invertebrados (animais que não possuem espinha dorsal) que pertencem ao filo Artropoda. Os animais desse grupo possuem os pés articulados e o exoesqueleto com articulações. Artrópoda é um dos grupos de animais com mais espécies no mundo, e são encontrados nos mais diversos ambientes, desde ambientes aquáticos a desertos, montanhas até as áreas mais profundas do oceano. Além disso possuem diversos papéis na natureza, como a polinização, controle de outros animais, ciclagem de nutrientes, e também tem importância para nós humanos, pois algumas espécies são vetores de doenças, servem como fonte de alimento e até como matéria prima para a indústria. Animais como as aranhas, escorpiões, insetos, caranguejos, piolho-de-cobra são exemplos de animais desse grupo", explica Vivian.

Desde março de 2020 o Projeto Noleedi suspendeu as visitas de monitoramento à TI Kadiwéu, local de aplicação do estudo, em concordância à Portaria Nº 419 da presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai). A portaria estabeleceu medidas temporárias de prevenção à infecção e propagação do novo Coronavírus.

O Projeto Noleedi voltou aos trabalhos de campo na Terra Indígena Kadiwéu em abril de 2021. O retorno só foi possível devido à vacinação contra o Covid 19 entre os maiores de 18 anos nas comunidades da região e também devido à implementação de um protocolo de biossegrança aprovado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Conselho Regional de Biologia e Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena). 


O “Projeto Noleedi – Efeito do fogo na biota do Pantanal sul-mato-grossense e sua interação com os diferentes regimes de inundação” é uma iniciativa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), aprovada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que está pesquisando os efeitos do fogo no Cerrado e Pantanal. O estudo é realizado na Terra Indígena Kadiwéu, no município de Porto Murtinho/MS, onde o PrevFogo Ibama conta com duas brigadas que utilizam o Manejo Integrado do Fogo. Noleedi significa fogo no idioma Kadiwéu.

Saiba mais sobre o Projeto Noleedi em https://noleedi.blogspot.com/

Imagem: Rafaela Fernandes

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