No dia 11 de fevereiro de 2020,
representantes da Escola Municipal Indígena Ejiwajegi Polo e Estadual, Extensão
Porto Murtinho, José Bonifácio e do Projeto Noleedi, reuniram-se para tratar de
meios de integrar o projeto, executado pela Universidade Federal de Mato Grosso
do Sul e Prevfogo/Ibama, com atividades de educação ambiental envolvendo alunos
e professores das escolas situadas na aldeia Alves de Barros, local base para a
execução do projeto.
Compareceram à reunião a
comunicadora bolsista do Projeto Noleedi, Fernanda Prado, os professores
Lourenço Anastácio e Guilherme da Silva Pinto, o coordenador da Escola
Estadual, Gilberto Pires, o coordenador da escola municipal, Etelvino de
Almeida, e o coordenador adjunto da escola municipal, Laércio B. Victor.
A necessidade de se realizar
atividades em educação ambiental na escola é um desejo dos executores do Projeto
Noleedi e da comunidade escolar da aldeia Alves de Barros, porém as dificuldades
de comunicação (somente pela Internet
Wi-Fi do prédio escolar) e de logística,
impossibilitaram as ações.
O encontro permitiu a troca de
informações sobre o perfil dos estudantes, os anseios dos educadores, traçando
assim uma sugestão de agenda entre pesquisadores e universitários e a
comunidade Kadiwéu que tem as escolas como ponto de referência.
Entre as atividades sugeridas
estão a realização de palestras, utilização de materiais já elaborados pelo
Projeto Noleedi em sala de aula, maior participação dos educadores junto ao
projeto e a valorização da cultura Kadiwéu ao integrar o idioma nativo às
pesquisas de fauna e flora já realizados pelo projeto.
“Um dos nossos objetivos é
fortalecer a cultura Kadiwéu. Como por exemplo, mostrar aos estudantes que as
plantas e animais que existem no nosso bioma, que estão sendo estudados pelo
Projeto Noleedi, também têm denominação no nosso idioma nativo, evitando assim
que nosso linguajar entre em desuso e se perca”, reforça o coordenador Gilberto
Pires.
Além de promover a cultura Kadiwéu,
o coordenador adjunto da escola municipal, Laércio Victor, frisa que a educação
ambiental deve criar o equilíbrio entre o tradicional e boas práticas mais
modernas, promovendo assim a troca de conhecimento entre gerações. “Vemos que o
Projeto Noleedi é muito importante para nos ensinar essa união entre meio
ambiente e educação. É importante que os estudantes compreendam como funciona o
bioma em que eles vivem e levem esse conhecimento para dentro do ambiente
familiar”.
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