Encontro entre educadores indígenas e Projeto Noleedi traça sugestões de ações em educação ambiental na aldeia Alves de Barros

em 19 de fevereiro de 2020



No dia 11 de fevereiro de 2020, representantes da Escola Municipal Indígena Ejiwajegi Polo e Estadual, Extensão Porto Murtinho, José Bonifácio e do Projeto Noleedi, reuniram-se para tratar de meios de integrar o projeto, executado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Prevfogo/Ibama, com atividades de educação ambiental envolvendo alunos e professores das escolas situadas na aldeia Alves de Barros, local base para a execução do projeto.
Compareceram à reunião a comunicadora bolsista do Projeto Noleedi, Fernanda Prado, os professores Lourenço Anastácio e Guilherme da Silva Pinto, o coordenador da Escola Estadual, Gilberto Pires, o coordenador da escola municipal, Etelvino de Almeida, e o coordenador adjunto da escola municipal, Laércio B. Victor.

A necessidade de se realizar atividades em educação ambiental na escola é um desejo dos executores do Projeto Noleedi e da comunidade escolar da aldeia Alves de Barros, porém as dificuldades de comunicação (somente pela Internet Wi-Fi do prédio escolar) e de logística, impossibilitaram as ações.

O encontro permitiu a troca de informações sobre o perfil dos estudantes, os anseios dos educadores, traçando assim uma sugestão de agenda entre pesquisadores e universitários e a comunidade Kadiwéu que tem as escolas como ponto de referência.

Entre as atividades sugeridas estão a realização de palestras, utilização de materiais já elaborados pelo Projeto Noleedi em sala de aula, maior participação dos educadores junto ao projeto e a valorização da cultura Kadiwéu ao integrar o idioma nativo às pesquisas de fauna e flora já realizados pelo projeto.

“Um dos nossos objetivos é fortalecer a cultura Kadiwéu. Como por exemplo, mostrar aos estudantes que as plantas e animais que existem no nosso bioma, que estão sendo estudados pelo Projeto Noleedi, também têm denominação no nosso idioma nativo, evitando assim que nosso linguajar entre em desuso e se perca”, reforça o coordenador Gilberto Pires.

Além de promover a cultura Kadiwéu, o coordenador adjunto da escola municipal, Laércio Victor, frisa que a educação ambiental deve criar o equilíbrio entre o tradicional e boas práticas mais modernas, promovendo assim a troca de conhecimento entre gerações. “Vemos que o Projeto Noleedi é muito importante para nos ensinar essa união entre meio ambiente e educação. É importante que os estudantes compreendam como funciona o bioma em que eles vivem e levem esse conhecimento para dentro do ambiente familiar”.

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