Podcast 22: Pesquisa do Projeto Noleedi revela importância da Terra Indígena Kadiwéu para conservação de mamíferos – versão estendida – 9’55”

em 31 de maio de 2023


No vigésimo segundo podcast do “Projeto Noleedi – Efeito do fogo na biota do Pantanal sul-mato-grossense e sua interação com os diferentes regimes de inundação” confira os resultados da pesquisa científica que revela que a Terra Indígena é uma importante área para conservação e preservação de mamíferos. Trata-se da monografia de mestrado sobre ecologia de comunidades “Os efeitos do fogo sobre os mamíferos de médio e grande porte”, realizada na Terra indígena Kadiwéu, que fica em Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul.


Confira a entrevista com a autora da pesquisa, a bióloga da UFMS e mestre pelo Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação da UFMS/Inbio (Instituto de Biociências), Anny de Morais Costa. A pesquisa que começou em 2020 e terminou em 2022 teve como objetivo verificar a influência do fogo sobre a mastofauna de médio e grande porte, avaliando o histórico do fogo dos últimos 17 anos em uma faixa transicional do Cerrado e Pantanal com os diferentes períodos de queima: precoce ou modal e tardio.


O Projeto Noleedi é uma iniciativa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto está pesquisando os efeitos do fogo na biota do Cerrado e Pantanal e suas interações com o regime de inundação na Terra Indígena Kadiwéu, que possui cerca de 540 mil hectares localizados no norte do município de Porto Murtinho, sudoeste de Mato Grosso do Sul.


O podcast é uma realização da UFMS e do Prevfogo-Ibama. Conta com apoio do CNPq. Tem coordenação do professor doutor Danilo Bandini Ribeiro e locução de Fernanda Prado. Para a vinheta de abertura e encerramento o projeto contou com a colaboração especial do indígena Kadiwéu Rubens Aquino Ferraz, tocador de flauta da Aldeia Alves de Barros, que nos presenteia com as músicas Najiga, na abertura, e Agowalegige, no encerramento. Na trilha sonora de background foi utilizada a música Happy mornings, por Ketsa, do site http://freemusicarchive.org


Também na vinheta de abertura o canto a ave mineirinho (Charitospiza eucosma, que significa tentilhão belamente adornado) reforça a identificação sonora dos podcasts. O mineirinho, considerada ave sentinela do fogo, tem cerca de 11,5 cm de comprimento. O macho apresenta uma crista preta contrastando com os lados da cabeça brancos, as partes superiores cinzas, asas e cauda pretas, e a garganta e o centro do peito pretos, em contraste com a barriga canela e a fêmea é amarronzada e sem o preto na garganta e no peito. Varia de incomum a localmente comum em campos cerrados com árvores e arbustos esparsos. Vivem aos pares ou em grupos que podem passar de 50 indivíduos, alimentando-se no chão, perto da cobertura de gramíneas, onde se locomove pulando. Na Caatinga só raras vezes procura as fontes de água. Também empoleira-se nos arbustos baixos. Aparentemente é mais numeroso em locais onde o Cerrado tenha sido recentemente queimado. Canta de madrugada, pousando abertamente na ponta de um galho.


Livre reprodução

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